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Prefeitura implode prédio do antigo Hospital Padre Olivério Kraemer em Realengo
A Prefeitura do Rio implodiu, na manhã do dia (15/05), o prédio e o anexo desativados por conta da extinção do Hospital estadual Padre Olivério Kraemer, em Realengo, na Zona Oeste, onde até o início do ano funcionavam a cozinha e o refeitório do Hospital Municipal Albert Schweitzer. No local, será construída a Coordenação de Emergência Regional de Realengo (CER Realengo), a sexta da cidade e a terceira na Zona Oeste.
O secretário de coordenação de Governo, Pedro Paulo, acionou o botão da implosão e disse que esse é um marco da transformação da saúde pública na Zona Oeste:
– Estamos falando de um esqueleto que há anos não tinha utilidade. Estamos chegando há 5 meses de assunção do Albert Schweitzer, que é hoje o maior hospital da nossa rede, com 480 leitos e com um aumento de cerca de 40% do volume de atendimento. Com essa implosão e a inauguração desse espaço (CER) vai ser possível melhorar o atendimento dos que procuram – disse o secretário que anunciou o repasse de R$40 milhões da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para investimentos nos hospitais Albert Schweitzer e Rocha Faria (Campo Grande).
– Com os recursos que a Câmara Municipal nos repassou é possível não só fazer esse CER como reverter esses recursos para o Rocha Faria para a complementação das obras. Foram 3 anos de repasses consecutivos pela Câmara Municipal: R$130 milhões no primeiro ano, R$130 no segundo ano e esse ano já recebemos R$40 milhões para aplicar diretamente nessas duas unidades.
A estrutura demolida foi condenada pela Defesa Civil do Município em abril, após visitas técnicas que indicaram o comprometimento do prédio. Os três primeiros dos seis pavimentos do edifício foram envolvidos por seis camadas de tela para evitar arremesso de material durante a implosão, que usou 150 quilos de dinamite e durou cerca de seis segundos.
Com o objetivo de minimizar transtornos – como excesso de barulho e poeira – aos pacientes do Albert Schweitzer e moradores do entorno, os técnicos optaram por um método diferenciado de implosão, denominado “linha silenciosa com iniciação eletrônica”. As detonações nos pilares aconteceram com intervalo de tempo menor do que o usual, proporcionando a redução do nível de ruído.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, explicou a importância da construção do CER de Realengo:
– Essa estrutura ao lado do hospital muito insalubre. O Centro de Emergência Regional coloca a emergência do Albert Schweitzer no mesmo padrão de outras áreas da cidade como o Souza Aguiar (Centro) e o Pedro II (Santa Cruz). Ele terá uma estrutura moderna para o atendimento de emergência, facilitando o fluxo, reduzindo o tempo de atendimento e permitindo maior flexibilidade da equipe. É a unidade de Emergência Regional de maior porte da cidade para fazer frente à área de maior densidade populacional, que é a região de Bangu.
Painéis metálicos fizeram a vedação e redução da propagação de resíduos entre a estrutura a ser demolida e o Hospital Albert Schweitzer, que teve o horário da troca de plantões alterado das 7h para as 8h neste domingo. Na unidade, que permaneceu em funcionamento, foram instaladas telas de proteção nas paredes externas. Junto ao prédio, houve dois ventiladores e aspersores de água para precipitar e reduzir a quantidade de poeira em suspensão. A Comlurb esteve presente no local para realizar imediatamente a limpeza das ruas do entorno. A remoção de entulho da área interna ficará a cargo da empresa responsável pela implosão, a Fábio Bruno Construções.
No passado, o espaço abrigou o Hospital Padre Olivério Kraemer. Após a municipalização, em janeiro, o Albert Schweitzer ganhou novos refeitório e cozinha, em condições mais adequadas para a preparação de refeições dos funcionários, pacientes e visitantes.
Para garantir a segurança da população, a Defesa Civil orientou os cerca de 1,3 mil moradores dos imóveis localizados na área de segurança máxima – um raio de 150 metros – a deixar as suas casas até as 6h deste domingo. Eles tiveram que seguir para um lugar seguro até o término da implosão e a liberação da área. A prefeitura sugeriu que os moradores esperassem o término da operação em uma das tendas armadas pela Defesa Civil fora da área de segurança. Em caso de dúvidas, os moradores foram orientados a ligar para a Defesa Civil, por meio do telefone 199, disponível 24 horas.
Vizinha ao hospital, a aposentada Maria da Conceição Rezende, 71 anos, estava confiante na melhoria da saúde pública da região:
– Não tenho como reclamar do hospital porque sempre fui tratada aqui. Mas sei que nem todos que precisam de atendimento público têm a mesma sorte. Agora, com esse novo prédio, não tenho dúvida que o atendimento será de primeira, parecido ou melhor do que qualquer um da rede particular.
Desde segunda-feira (09/05), material informativo sobre a implosão foi distribuído para os moradores do entorno, com todos os procedimentos e orientações sobre a desocupação dos imóveis situados dentro da área de segurança máxima. As principais orientações eram: não deixar veículos estacionados nas ruas; levar consigo animais de estimação; fechar portas e janelas; desligar aparelhos eletrônicos; fechar o registro do botijão de gás e chaves de energia; e seguir a orientação dos agentes que estavam presentes no local.
O trânsito, nos trechos das ruas Nilópolis e Lavínia (próximos ao hospital), ficou interditado ao tráfego de veículos, desde às 14h de sábado (14/05). A partir deste horário também foram feitas restrições de estacionamento na área de segurança.
No domingo, às 4h, todas as vias compreendidas entre a Avenida Brasil, a Estrada da Água Branca e a Rua Curitiba tiveram o tráfego de veículos interrompido. O acesso à emergência do Hospital Municipal Albert Schweitzer era feito pela Estrada da Água Branca e pela Rua Guarulhos. Agentes da Cet-Rio, da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Ordem Pública estiveram no local para garantir os bloqueios viários e orientar motoristas e pedestres.
CER REALENGO
A Coordenação de Emergência Regional (CER) de Realengo será a sexta unidade do tipo na cidade, que já conta com as coordenações de emergência do Centro, Leblon, Ilha do Governador, Barra da Tijuca e Santa Cruz. Elas são concebidas para funcionar próximas aos hospitais de urgência e emergência do município, concentrando os casos clínicos de pequena e média complexidade e, assim, desafogando os atendimentos na grande emergência. A CER Realengo terá 23 leitos de observação nas salas Vermelha e Amarela, com capacidade para realizar até 600 atendimentos por dia.
Além da nova CER, no espaço será construído também o acesso para a nova portaria social do Hospital Municipal Albert Schweitzer, que terá a atual transformada em Pronto Atendimento de Urgências e no Acolhimento da Maternidade. Na entrada que hoje concentra toda a Emergência será mantido apenas o ingresso dos casos de trauma. As obras de reorganização da Emergência do Albert Schweitzer ficam prontas ainda no primeiro semestre e representam um investimento de cerca de R$ 5 milhões.